sábado, 26 de julho de 2008

Catástrofe... mas que catástrofe?

Catástrofe... mas que catástrofe? Outra vez solteiro, ligar aos velhos amigos das farras, voltar aos locais sagrados, sem horários para chegar a casa, jantaradas das antigas, seduzir “miúdas” à grande, apartamento sem reservas de admissão... o que é que eu poderia querer mais? Termina o orgasmo e como mandam as regras, lá vem o indispensável cigarro na varanda para voltar à Terra e reflectir:

- Telefono aos velhos amigos e atendem-me as respectivas esposas que me dizem que eles não podem vir ao telefone porque estão a dar banho ao filho.

- Locais sagrados... O Swing das quartas-feiras já não existe, o Cais 447 já era, na Ribeira é muito perigoso e na Industria onde as grandes enchentes proporcionavam apertos e tangentes agradáveis encontrei dez bêbados a dançar.

- Pois, realmente não tenho hora para chegar a casa, esqueci-me é que na manhã seguinte quem me espera já não se chama Professor, chama-se Patrão.

- Programei jantares para todos os fins-de-semana, consegui ir aos dois primeiros, só depois reparei que a ementa já não estava em Escudos, estava em Euros.

- Esta eu não costumava falhar, na minha altura eu era o maior a seduzi-las e lá fui eu à praia da luz onde elas não faltam, resultado: Elas eram bastantes mas ouviam musicas de uns tais de Tokio Hotel e falavam de um programa de tv chamado qualquer coisa com açúcar, peguei no meu BI e reparei que já não tinha dezoito anos e o melhor era sair dali rapidamente antes de ser acusado de ser amigo de um tal Cruz, Pedroso ou Rito.

- Por fim, de certeza que haveria companhia feminina para um jantar e respectiva noitada no MEU e só MEU apartamento, mas quem é que quereria jantar no chão porque não há mesa ou beber um champanhe quente porque não há frigorifico...

Catástrofe...mas que catástrofe? Não vou ser tão pessimista e utilizar esta expressão tão forte, vou chamar-lhe simplesmente TRAGÉDIA.

Um Bongo

sábado, 19 de julho de 2008

Alojamento

Pois é! Acho que vou iniciar todos os meus ‘posts’ com “pois é”. Quando saímos de casa, porque na nossa sociedade nada sexista a atitude correcta da parte do homem de um casal que se separa, é voluntariar-se para sair, há que resolver um problema logístico. Infelizmente quando o fiz ainda não tinha visto lá a solução que arranjaram para um determinado grupo de moradores de um bairro que insatisfeitos com o local onde moravam, se concentraram na praça de um determinado município. Bastar-me-ia acampar na Avenida dos Aliados que alguém resolvia o problema! Como sou um pouco mais limitado do que as pessoas que referi, simplesmente pedi ao meu melhor amigo para ficar em sua casa, desta forma resolveu-se também a minha necessidade de partilhar o turbilhão que ia dentro de mim. Vivi portanto feliz, para os próximos dois dias! Claro que dois homens TEIMOSOS a morar num T1 é arriscado, logo o melhor é encurtar uma aventura destas o mais possível. Nesta altura ainda não tinha conversado com a minha ex mulher para acertar pormenores como a partilha de bens, não sabendo por isso se iria ou não ficar com o apartamento que tínhamos adquirido em conjunto. Isto inviabiliza um contrato de arrendamento, sendo que a aquisição de outra casa, nesta fase seria impensável! A solução para mim foi uma pensão, aquela foi fantástica, porque apesar de fria (alto inverno) tinha pormenores interessantes para quem teme a solidão, Uma pensão que também é café e restaurante terá sempre alguém disposto a encetar uma conversa de circunstância, nem que seja para determinar quem é o melhor recauchutador de pneus para camião em Portugal. Além de tudo isto, para encontrar um bom negócio de arrendamento, não podemos ter pressa, até porque com a quantidade de divórcios que para aí vai os T0 e T1 chegam a ser mais caros que T2 e T3… No mesmo prédio!!!
FAVio

sábado, 12 de julho de 2008

O Divórcio (três pontinhos)

O divórcio... esse substantivo... faz antever um conjunto de emoções, ocorrências e decisões que por vezes ultrapassam o limite do nosso sentido de racionalidade. Enfim, quando um relacionamento atinge esta necessidade, torna-se complicado diferenciar este sentido. A origem das razões e dos elementos indutores podem ser as mais diversas, mas o objectivo final, tendencialmente, é o mesmo: a procura da felicidade individual de cada um dos elementos que, a não existir, inibirá para sempre a felicidade conjugal. Podemos admitir algum nível de altruísmo nesta interpretação, mas mais profunda e seriamente deveremos avaliar e admitir a nossa posição como elemento de um casal condicionado e sem prumo, e reposicionarmo-nos. Pela minha parte, os próximos posts serão, ao contrário deste introdutório, bem mais divertidos e transmissores das melhores experiências que algum recém-divorciado pode experimentar...ou não.
Peter Pan

domingo, 6 de julho de 2008

Depois da Separação

Pois é! As separações entre casais nunca são iguais, e nós somos a prova disso mesmo. Somos uns quantos amigos que tivemos o infortúnio de ter-mos posto fim às nossas relações matrimoniais, pelos vistos todos tivemos problemas diferentes, causas diferentes, processos diferentes. Algumas separações são consensuais, outras são alvo de resistência por parte de um dos cônjuges, mas nenhuma se processa de ânimo leve. Mais… Todas provocam grandes alterações na forma de viver de cada um, e a consequente necessidade de adaptação a essa nova forma de vida. É este assunto que pretendo abordar neste blogue, pelo menos eu! Saí de casa (antiga casa) há 8 meses e passei por fases diferentes que me parecem ser comuns às de amigos que também escreverão aqui, veremos as diferenças e semelhanças das nossas experiências. Talvez possam ajudar quem tiver de percorrer este caminho, talvez divirta quem passe os olhos por estes Posts. Enfim, vamos ver o que sai…
FAVio