sábado, 11 de outubro de 2008

Como enlouquecer um homem (obrigado Carlos)

Mulher - Onde vais?
Homem - Vou sair um pouco.
F
M - Vais de carro?
H - Sim.
M - Tens gasolina?
H - Sim... pus ontem.
M - Vais demorar?
H - Não... coisa de uma hora.
F
M - Vais a algum lugar específico?
H - Não... só andar por aí.
M- Não preferes ir a pé?
H - Não... vou de carro.
M - Traz um gelado para mim!
H - Trago... que sabor?
F
M - Manga.
H - Ok... quando vier eu compro.
M - Quando vieres?
H - Sim... senão derrete.
M - Passas lá agora, compras e deixas aqui.
H - Não... é melhor não! Quando vier...é rápido!
F
M - Ahhhhh!
H - Quando eu voltar eu como um gelado também!
M - Mas tu não gostas de manga!
H - Eu compro outro... de outro sabor.
M - Mas assim fica caro... traz de morango!
H - Eu não gosto também.
F
M - Traz de chocolate... nós gostamos os dois.
H - Ok! Beijo... volto logo...
M - Ei!
H - O que?
M - Chocolate não... Flocos...
H - Não gosto de flocos!
F
M - Então traz de manga para mim e o que quiseres para ti.
H - Foi o que sugeri desde o início!
M - Estás a ser irónico?
H - Não...! Vou indo.
M - Anda aqui dar-me um beijo de despedida!
H - Querida! Eu volto já... depois.
F
M - Depois não... quero agora!
H - Tá bem! (Beijo.)
M - Vais com o teu ou com o meu carro?
H - Com o meu.
M - Vai com o meu... tem leitor de Cd's... o teu não!
H - Não vou ouvir música... vou espairecer...
F
M - Tás a precisar?
H - Não sei... vou ver quando sair!
M - Não demores!
H - É rápido... (Abre a porta de casa.)
M - Ei!
H -Que foi agora?
F
M - Que horror.. que mau humor!! Vai embora!
H - Calma... estou a tentar sair e não consigo!
M - Porque é que queres ir sozinho? Vais-te encontrar com alguém?
H - O que queres dizer?
M - Nada... não quero dizer nada!
H - Espera lá... achas que te ando a trair?
F
M - Não... claro que não... mas sabes como é, nunca se sabe!
H - Como é o quê?
M - Homens!
H - Generalizando ou a falar de mim?
M - Generalizando.
H - Então não é meu caso... sabes que eu não faria isso!
F
M - Tá bem... então vai.
H - Vou.
M - Ei!
H - Que foi, carago?
M - Leva o telemóvel, estúpido!
H - Para quê? Para me tares a ligar?
F
M - Não... caso aconteça algo, estás com o telemóvel se for preciso.
H - Não... não te preocupes...
M - Olha... desculpa pela desconfiança. .. estou com saudades... só isso!
H - Ok meu amor... Desculpa se fui mau pra ti.. eu Amo-te!
M - Eu também!
F
M - Posso jogar no teu telemóvel?
H - Para quê?
M - Sei lá! Só um joguinho!
H - Queres o meu telemóvel para jogar?
M - Sim.
H - Tens a certeza?
F
M - Sim.
H - Liga o computador.. . Tem lá um monte de joguinhos!
M - Não sei mexer naquela lata tão velha!
H - Lata velha? Comprei para nós no mês passado!
M - Tá.. ok... então leva o telemóvel senão eu vou jogar com ele...
H - Podes mexer então... não tem nada que não possas ver...
F
M - Sim?
H - Sim.
M - Então onde está?
H - O quê?
M - O que deveria estar no telemóvel mas não está...
H - Como!?
F
M - Nada! Esquece!
H - Tás nervosa?
M - Não... não tou...
H - Então vou!
M - Ei!
H - Que ééééééé?
F
M - Já não me apetece o gelado ta?
H - Ah é?
M - É!
H - Então eu também já não vou sair!
M - Ah é?
H - É.
F
M - Que bom!! Vais ficar comigo?
H - Não.. tou cansado... vou dormir!
M - Preferes dormir do que ficar comigo?
H - Não... vou dormir, só isso!
M - Estás nervoso?
H - Claro, porra!!!
M - Por que você não vais dar uma volta para espairecer?
F
FAVio (Resposável pelo post, mas não o autor)

domingo, 5 de outubro de 2008

A inocência de Mary

A inocência de um ser é inversamente proporcional à maturidade que vai adquirindo. As atitudes, os gestos, as expressões… são um conjunto de vectores que, somados, apontam para a personalidade própria que este vai aprendendo e constituem os sensoriais que devemos apurar e refinar ao longo do seu crescimento. Há momentos únicos, marcados por adjectivos difíceis, que nos fazem reflectir na razão ambígua da nossa existência. Acima de tudo, perceber que não vivemos sós e que, as decisões e iniciativas que achamos serem nossas…afinal são também de mais alguém. As crianças transportam uma ingenuidade única, capaz de amplificar as emoções mais extremas, de filtrar os prazeres dos desprazeres, mas inevitavelmente são feridas pela maturidade dos adultos que, inteligentemente, as moldam ao sabor dos seus interesses. No convívio com elas, é muito fácil e rápido transitarmos de um pedestal emocional para um fosso convenientemente criado nos frames da nossa vida. Mas, mais rápido e fácil terá que ser a nossa motivação para deles sairmos sem denunciarmos qualquer mágoa ou rancor perante a inocência no seu estado mais puro. Na realidade, há dois momentos muito importantes na nossa vida: um é quando nascemos e o outro é quando finalmente percebemos a razão da nossa existência. Peter Pan