sábado, 22 de agosto de 2009

Flores de Viés

Pois é, lá ia eu todo lampeiro com a minha sobrinha para a piscina quando me pediram para fazer um pequeno desvio pela biblioteca para devolver uns livritos... Chegados à biblioteca, enquanto entregava os livros, vi a Kika desaparecer na direção da sala dos brinquedos, “acho que hoje vão contar histórias” disse ela enquato desaparecia. De facto estava quase toda a gente na sala dos brinquedos, eu não ouvi foi contar nenhuma história... Estava a acontecer algo BEM MAIS PERIGOSO, até porque eu já sou conhecido por aquelas bandas por ter feito de princesa numa pequena pecinha de teatro... Decorria um atelier criativo de adereços que tratava de fazer flores de fita de viés! Fita de Viés? Flores? Atelier? Já lá vamos. A Kika interessou-se logo pelas flores e eu, sentado à mesa com seis meninas lindíssimas (e um menino que de vez em quando tb por lá parava), também não tinha muita razão de queixa! A Kika acabou por se desinteressar a meio da primeira flor, aquilo até é complicado... se não acreditam vou mostrar-vos: Passo 1: 1.1 Medir e cortar 6 tramos de fita de 4 cm cada. (Esta fita é a que ficará no exterior de cada pétala). 1.2 Medir e cortar 6 tramos de fita de 3 cm cada. (Esta fita é a que ficará no meio de cada pétala). 1.3 Medir e cortar 6 tramos de fita de 2 cm cada. (Esta fita é a que ficará mais próxima do centro da flor).
Depois do primeiro passo deveremos ter qualquer coisa como isto:
passo 2: Dobrar a fita a meio:
Passo 3: Fazer 1 conjuntos de 3 tamanhos como mostrado a seguir:
Passo 4: Passar a agulha no 1º Conjunto:
Passo 5: Passar a agulha na primeira fita.
Passo 6: Puxar a linha até fazer um semi círculo.
Passo 7: Repetir os passos 5 e 6 para a 2ª e 3ª fita.
Passo 8: Repetir os passos 3 a 7 para as 6 pétalas: (Penso que foi por esta altura que a Kika pegou numa tesoura e foi cortar o cabelo, a reacção da minha irmã deve dar para outro Post!!!)
Passo 9: Puxar bem as linhas das extremidades e dar um nó.
Passo 10: Cortar as 2 pontas da linha:
Passo 11: Colar com cola quente um botão:
Passo 12: Colar com cola quente um pedaço de pano e um alfinete:

E pronto, Esta foi a 2ª flor, a primeira fizemos para a Kika, a 2ª foi para ver se a minha irmã não se chateava mto comigo!!! (acho que resultou...)

Bjs e Abcs,

FAVio.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Quando 2+2=5 ou 2+2=3

A eficiência de um cálculo destes pode ser condicionada pelos mais diversos factores, nos quais incluímos, também, os racionais e os irracionais. Num momento de partilha, que deveria ser regulado pela discrição, clareza, honestidade e um misto de capacidade crítica com coeficiente de resolução elevado, normalmente é inundado por pré-conceitos, pré-suposições e pré-formas que de imediato se adaptam às necessidades que vão decorrendo durante o processo em si. Quando temos aparentemente ultrapassadas as questões vitais no divórcio, associadas à definição da partilha de responsabilidades relacionadas com os filhos, eis que surgem novos vectores em oposição e que consistem, somente, na divisão de todos os bens que cada uma das partes considera valorizar mais ou menos, em função do esforço desenvolvido no passado para os obter ou do esforço que tem que desenvolver no futuro para os retomar. O problema surge quando a irracionalidade assume contornos de egoísmo e, por si só, ultrapassa o bom senso na quantificação do que deambula entre o justo valor e o parasitismo explícito. Peter Pan

sábado, 11 de outubro de 2008

Como enlouquecer um homem (obrigado Carlos)

Mulher - Onde vais?
Homem - Vou sair um pouco.
F
M - Vais de carro?
H - Sim.
M - Tens gasolina?
H - Sim... pus ontem.
M - Vais demorar?
H - Não... coisa de uma hora.
F
M - Vais a algum lugar específico?
H - Não... só andar por aí.
M- Não preferes ir a pé?
H - Não... vou de carro.
M - Traz um gelado para mim!
H - Trago... que sabor?
F
M - Manga.
H - Ok... quando vier eu compro.
M - Quando vieres?
H - Sim... senão derrete.
M - Passas lá agora, compras e deixas aqui.
H - Não... é melhor não! Quando vier...é rápido!
F
M - Ahhhhh!
H - Quando eu voltar eu como um gelado também!
M - Mas tu não gostas de manga!
H - Eu compro outro... de outro sabor.
M - Mas assim fica caro... traz de morango!
H - Eu não gosto também.
F
M - Traz de chocolate... nós gostamos os dois.
H - Ok! Beijo... volto logo...
M - Ei!
H - O que?
M - Chocolate não... Flocos...
H - Não gosto de flocos!
F
M - Então traz de manga para mim e o que quiseres para ti.
H - Foi o que sugeri desde o início!
M - Estás a ser irónico?
H - Não...! Vou indo.
M - Anda aqui dar-me um beijo de despedida!
H - Querida! Eu volto já... depois.
F
M - Depois não... quero agora!
H - Tá bem! (Beijo.)
M - Vais com o teu ou com o meu carro?
H - Com o meu.
M - Vai com o meu... tem leitor de Cd's... o teu não!
H - Não vou ouvir música... vou espairecer...
F
M - Tás a precisar?
H - Não sei... vou ver quando sair!
M - Não demores!
H - É rápido... (Abre a porta de casa.)
M - Ei!
H -Que foi agora?
F
M - Que horror.. que mau humor!! Vai embora!
H - Calma... estou a tentar sair e não consigo!
M - Porque é que queres ir sozinho? Vais-te encontrar com alguém?
H - O que queres dizer?
M - Nada... não quero dizer nada!
H - Espera lá... achas que te ando a trair?
F
M - Não... claro que não... mas sabes como é, nunca se sabe!
H - Como é o quê?
M - Homens!
H - Generalizando ou a falar de mim?
M - Generalizando.
H - Então não é meu caso... sabes que eu não faria isso!
F
M - Tá bem... então vai.
H - Vou.
M - Ei!
H - Que foi, carago?
M - Leva o telemóvel, estúpido!
H - Para quê? Para me tares a ligar?
F
M - Não... caso aconteça algo, estás com o telemóvel se for preciso.
H - Não... não te preocupes...
M - Olha... desculpa pela desconfiança. .. estou com saudades... só isso!
H - Ok meu amor... Desculpa se fui mau pra ti.. eu Amo-te!
M - Eu também!
F
M - Posso jogar no teu telemóvel?
H - Para quê?
M - Sei lá! Só um joguinho!
H - Queres o meu telemóvel para jogar?
M - Sim.
H - Tens a certeza?
F
M - Sim.
H - Liga o computador.. . Tem lá um monte de joguinhos!
M - Não sei mexer naquela lata tão velha!
H - Lata velha? Comprei para nós no mês passado!
M - Tá.. ok... então leva o telemóvel senão eu vou jogar com ele...
H - Podes mexer então... não tem nada que não possas ver...
F
M - Sim?
H - Sim.
M - Então onde está?
H - O quê?
M - O que deveria estar no telemóvel mas não está...
H - Como!?
F
M - Nada! Esquece!
H - Tás nervosa?
M - Não... não tou...
H - Então vou!
M - Ei!
H - Que ééééééé?
F
M - Já não me apetece o gelado ta?
H - Ah é?
M - É!
H - Então eu também já não vou sair!
M - Ah é?
H - É.
F
M - Que bom!! Vais ficar comigo?
H - Não.. tou cansado... vou dormir!
M - Preferes dormir do que ficar comigo?
H - Não... vou dormir, só isso!
M - Estás nervoso?
H - Claro, porra!!!
M - Por que você não vais dar uma volta para espairecer?
F
FAVio (Resposável pelo post, mas não o autor)

domingo, 5 de outubro de 2008

A inocência de Mary

A inocência de um ser é inversamente proporcional à maturidade que vai adquirindo. As atitudes, os gestos, as expressões… são um conjunto de vectores que, somados, apontam para a personalidade própria que este vai aprendendo e constituem os sensoriais que devemos apurar e refinar ao longo do seu crescimento. Há momentos únicos, marcados por adjectivos difíceis, que nos fazem reflectir na razão ambígua da nossa existência. Acima de tudo, perceber que não vivemos sós e que, as decisões e iniciativas que achamos serem nossas…afinal são também de mais alguém. As crianças transportam uma ingenuidade única, capaz de amplificar as emoções mais extremas, de filtrar os prazeres dos desprazeres, mas inevitavelmente são feridas pela maturidade dos adultos que, inteligentemente, as moldam ao sabor dos seus interesses. No convívio com elas, é muito fácil e rápido transitarmos de um pedestal emocional para um fosso convenientemente criado nos frames da nossa vida. Mas, mais rápido e fácil terá que ser a nossa motivação para deles sairmos sem denunciarmos qualquer mágoa ou rancor perante a inocência no seu estado mais puro. Na realidade, há dois momentos muito importantes na nossa vida: um é quando nascemos e o outro é quando finalmente percebemos a razão da nossa existência. Peter Pan

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Uma posta para apagar o incêndio

Pois é… isto de editar uma vez por semana tem que se lhe diga, e 309195 visitas (a confiar nos dados dos “gadgets” do Google), é uma responsabilidade mediática que nos obriga a ter rigor no que escrevemos bem como nos prazos de entrega dos nossos artigos…
Além disso, não podemos ficar alheios ao facto de que deste nº, 299999 foram visitas registadas logo no primeiro dia. O que significa que dessa altura para cá houve um decréscimo de visitas assustador… Logo agora que estávamos a pensar em pôr por aqui hiperligações patrocinadas.
Quem se der ao trabalho de fazer as continhas vai ver que a afluência diária rondará as 700 visitas (pois pois), o que significa que relativamente ao primeiro dia, houve um decréscimo de 99,8% (isso eu já acredito!) E perguntava há meses o Um Bongo.
F
- Que catástrofe?
F
Na minha opinião a perda de “market share” é que é a catástrofe!
Será da escassez nas palavras?
Será o facto de um engenheiro electrotécnico não se safar com um electrodoméstico?
Ou será das lamechices entediantes do distinto autor deste(a) post(a)?
Provavelmente teremos de fazer uma operação semelhante à daquele jornal cujo nome é o primeiro dia do ano.
Perguntará agora o estimado leitor (apenas os admiráveis que tiveram paciência para chegar até aqui!):
Que relação terá este(a) post(a) com o título?
Desta vez a resposta reside na utilidade da post(a) (quase poético)! É que o presente acaba de sair do forno apenas com o fim de responder à urgente necessidade de manter a periodicidade desta digital publicação (nem vou tentar interpretar).
F
FAVio

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

DIV

Nos últimos dias tenho vindo a ouvir que foi proposto pelo governo alterações à lei do divórcio, e gostava de saber se estão inclusas nessas alterações a mudança do título que hoje se dá a quem decide enveredar por este regime. Porque é que tem que ser divorciado... não pode ser resolteiro, livre, disponível, autónomo, emancipado, experiente... é que sempre que refiro o meu estado civil, e tenho que referi-lo algumas vezes porque ou começo a andar com a mão esquerda no bolso ou então lá vem alguém muito preocupado perguntar-me se eu perdi o adorno que tinha no dedo, e após referir que estou divorciado lá vem a desconfiança, das duas três: ou fiz alguma coisa que não devia, e na versão feminina vem logo a traição e sou um malandro (versão não verdadeira), ou então as duas interpretações masculinas, ou a anterior (a feminina) e aí sou um herói “comilão” (versão completamente falsa), ou então a dos menos informados e essa reza que ela é uma malandra e não me fazia feliz (também versão não verdadeira), é que normalmente não consta do dicionário dos inquiridores o bom senso e o mutuo acordo (versão verdadeira). Assim sendo, talvez siga a sugestão da menina do balcão do registo civil da loja do cidadão, que ao entregar-me o meu novo B.I. e apontando o campo do estado civil onde agora constava DIV, me disse: “que bom para você, passou de casado para DIV(ERSOS)” ou para DIV(ERTIDO), e agora é só puxar pela imaginação e tirar o melhor proveito de estar inserido nestas categorias. Um Bongo.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

oãxelfeR|Reflexão

Aqui há tempos vi, a propósito dos Jogos Olímpicos, uma reportagem sobre o João Rodrigues (vice campeão do mundo de windsurf). Fiquei impressionado pelo espírito pouco ‘Jok’ que possui, e além disso registei uma frase que ele proferiu:
F
“É só por acaso que nenhum dos erros que cometi ao longo da vida seja punível com pena de prisão.”
F
Na altura não lhe dei grande importância, mas nesta fase de reorganização mental, que já não tem qualquer relação com o divórcio, e cuja conclusão parece tardar, fez sentido recupera-la (podem portanto não ter sido exactamente estas as palavras utilizadas). Pois é, que eu saiba, também nunca cometi nenhum crime, já erros…
Um amigo com quem pratico vela de vez em quando tem por norma, quando tem de decidir uma manobra, a seguinte máxima:
F
“Na dúvida, deixar tudo como está.”
F
Esta, foi também a minha, pelo menos até há cerca de 11 anos, altura em que me fez perder aquela que vim a considerar a maior oportunidade que desaproveitei. Não digo que se tivesse tomado uma iniciativa, os acontecimentos me tivessem sido favoráveis, digo apenas que permiti que o contexto mudasse antes de partilhar a minha vontade.
Passei mais de 1 ano a arrumar a casa, e como consequência deste processo adquiri uma nova máxima:
F
“Decidir e depois agir.”
F
Evidentemente, ao passar a correr riscos, passei de facto a errar (destaca-se a minha primeira mudança de emprego SHI!!!), mas passei também a alcançar metas que antes tão pouco pensava que o pudessem vir a ser.
Recentemente voltei a ter a mesma vontade, e no contexto actual (quem diria?) não estava obrigado ao silêncio.
Pensei, decidi e depois agi! No entanto a minha iniciativa não foi bem recebida, talvez pela forma como o fiz, quem sabe pela altura em que o tenha feito, ou mesmo por ter sido eu! (Como disse um dia a um amigo: "Azar o meu!") Na verdade estou satisfeito por ter tido esta iniciativa, estou no entanto receoso pelo efeito que possa ter tido. Vou confiar que seja simplesmente arrumada na ala Norte da sala de troféus!
Aproveitando a reorganização que tenho de empreender, acho que é altura de refinar a minha máxima, finalmente incluindo uma velha sugestão da minha irmã:
F
“Go with the flow”
F
Vou portanto passar a decidir, e depois agir... Ao sabor da corrente! (Ou pelo menos tentar.)
F
FAVio